Audiência Pública esclarece população sobre Lei do Benzeno

por Divisão de Comunicação publicado 13/07/2018 12h17, última modificação 13/07/2018 12h17
Participantes debateram aspectos relacionados à saúde e à segurança do trabalho.

A Lei Estadual nº 16656/2018 (Lei do Benzeno), que proíbe postos de combustíveis abastecerem veículos após ser acionada a trava de segurança da bomba de abastecimento, foi debatido em Audiência Pública pelos Vereadores osasquenses, na noite de segunda (15). A solicitação para realização do debate público foi da Comissão de Saúde e Assistência Social e da Vereadora Lúcia da Saúde (PSDC).

 A finalidade do evento foi discutir sobre o trabalho de frentistas nos postos de combustíveis e o manuseio de produtos que contêm benzeno e outros compostos químicos nocivos à saúde.

Entre os presentes, a solenidade contou com a participação de Neli Pires Magnaneli, responsável por ações de Saúde da Divisão de Vigilância Sanitária do Trabalho, da Secretaria de Estado da Saúde,  Marcos Lopes Martins, Deputado Estadual, autor do Projeto  que deu origem à lei discutida, sindicalistas e profissionais de postos de combustíveis.

Representando os trabalhadores de postos de gasolina, Luiz Arraes, Presidente do Sindicato de Frentistas e Postos, Sinpospetro-Osasco, elogiou o Deputado Marcos Martins pela apresentação do Projeto que deu origem à Lei. Fez críticas aos clientes de postos de gasolina que “insistem para que o frentista acione a bomba mesmo depois de ter sido travada”.

Para o sindicalista, o trabalho do frentista “merece maior respeito. Os clientes precisam entender que a trava de segurança da bomba de abastecimento é o ponto máximo. Se o frentista destravar a bomba, ficará exposto ao vapor do combustível e isso é prejudicial à saúde”, disse.

Sobre as ações do Sindicato a respeito da Lei, Arraes explicou que cartilhas e panfletos estão sendo produzidos e serão distribuídos em postos de gasolina e para toda a sociedade.

A servidora da Secretaria de Saúde, Neli Magnaneli, apresentou o Programa de Vigilância em Postos de Combustíveis e falou sobre a presença do benzeno nos derivados de petróleo, especificamente na gasolina. Durante a apresentação, enfatizou os perigos da gasolina aos seres humanos e o que a exposição pode ocasionar aos profissionais dos postos.

“O frentista é exposto aos gases no momento do abastecimento. Esses vapores, além de serem inflamáveis, causam diversas enfermidades aos profissionais e às pessoas que ficam expostas a eles”, explicou Magnaneli. A curto prazo, os efeitos à saúde são: dor de cabeça, tonturas, náuseas, vômitos, irritação das vias respiratórias, irritação à pele e aos olhos, sonolência e vertigem. 

“O sistema nervoso central, o fígado e o sistema sanguíneo são vítimas constantes da exposição ao benzeno. Além da ocorrência de câncer, que é mais comum do que se possa imaginar”, afirmou a especialista.

Marcos Lopes Martins, Deputado Estadual, pediu para que se realizem campanhas de orientação e reeducação de funcionários e também da população a respeito dos perigos causados pelo manuseio inadequado das bombas de gasolina. Para o Deputado petista, “clientes e frentistas precisam de orientação. Eles não se dão conta dos riscos que correm nos postos de gasolina”.

Para encerrar, a Vereadora Lúcia da Saúde agradeceu a presença de todos e falou da importância de uma lei de prevenção a doenças. Pediu para que o sindicato trabalhe junto com a sociedade para que clientes e frentistas tomem consciência sobre os malefícios da gasolina. “Os representantes sindicais precisam agir e fazer com que as informações sobre os riscos à saúde cheguem a todos os profissionais e clientes”, encerrou.   

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