Câmara comemora os 112 anos do primeiro voo da América Latina

por Comunicação — publicado 06/01/2022 17h35, última modificação 14/01/2022 15h41
Programa Nossa História homenageou projetista e mecânico de Dimitri Sensaud de Lavaud, Lourenço Pellegati
Câmara comemora os 112 anos do primeiro voo da América Latina

Foto: Ricardo Migliorini/CMO.

Por Ana Luisa Rodrigues

No dia 7 de janeiro de 2022, o primeiro voo da América Latina, realizado na então Vila Osasco, completa 112 anos. Em homenagem aos homens que entraram para a história da aviação, Dimitri Sensaud de Lavaud e seu mecânico Lourenço Pellegatti, a edição desta quinta-feira (06) do Programa Nossa História homenageou os apaixonados pelo voo Luiz Hideo Ishida, Marta Bognar e o neto do mecânico de Dimitri, Caio Pellegatti.

A solenidade de hasteamento às bandeiras do Brasil, São Paulo e Osasco aconteceu na manhã desta quinta-feira (06), às vésperas dos 112 anos do primeiro voo da América Latina. Quem passa pela Avenida João Batista, em frente ao Museu de Osasco, talvez não saiba que foi ali que o francês Dimitri Sensaud de Lavaud voou com seu avião “São Paulo” por 103 metros, em pouco mais de seis segundos, sobrevoando a Avenida dos Autonomistas. O avião foi totalmente construído em Osasco, por Dimitri e Lourenço.

Neto de Lourenço Pellegatti — o “braço direito”, mecânico, projetista e amigo de Dimitri —, Caio Pellegati representou o avô ao hastear a bandeira do Brasil e não escondeu o orgulho que tem da história de seu antepassado, que aos 17 anos já trabalhava com Dimitri. Lourenço nasceu em 1891 e estudou no renomado Liceu de Artes e Ofícios.

“Fico imaginando a criatividade que eles tinham para fazer um avião aqui, há 112 anos. É uma honra participar dessa solenidade na cidade em que meu avô fez história”, comentou Caio ao relembrar histórias que ouvia sobre seu avô. “Meu pai contava que Dimitri e Lourenço era uma dupla que vivia discutindo ideias”.

Apaixonado pela aviação, piloto de avião e de planador, o engenheiro mecânico Luís Hideo Ishida conduziu, hasteou a bandeira de São Paulo e se emocionou ao falar sobre a história do primeiro voo que aconteceu em Osasco. “Estou muito honrado em participar desse evento. Em comemoração a emancipação de Osasco e aos 112 anos do primeiro voo na América Latina. Dimitri fez todo o trabalho aqui e era um homem de visão, não só desenvolveu produtos aeronáuticos como também automobilistas”, disse Ishida, que explicou a emoção de voar com planadores. “Lá em cima, em um planador, é uma paz, não tem barulho, não tem cheiros, tem só o controle do equipamento e você”. Ishida, hoje com 79 anos, começou a voar em 1958 e desde então dedicou sua vida à aviação.

A paixão pelos aviões também levou a osasquense Marta Lúcia Bognar a fazer da aviação a sua vida. Aos 18 anos ingressou na Vasp, antiga companhia área brasileira, como comissária de voo. Além de comissária, foi chefe de equipe e instrutora de voo. Faz parte da equipe brasileira de wing walking. E se muitos ficam felizes em voar dentro dos aviões, a alegria de Marta está nos céus e nas asas dos aviões onde faz suas acrobacias.

“Fiquei algum tempo afastada, mas agora estou retomando à vida, à essa paixão. Pra mim é uma honra participar de uma solenidade tão importante em um momento significativo como este. Dimitri colocou Osasco em um lugar de destaque no mundo, e nós precisamos honrar essa história. Em 1906, Santos Dumont voou em Paris e em 1910, Dimitri voou aqui”, ressaltou Marta, enquanto recordava de suas histórias como profissional dedicada a aviação. “Quem sabe um dia sobrevoo a cidade de Osasco nas asas de um avião?”, planeja.

Programa Nossa História

O Programa Nossa História, da Câmara de Osasco, é uma realização semanal da Frente Parlamentar Nossa História, criada em virtude dos preparativos para as comemorações dos 60 anos de emancipação político-administrativa de Osasco e do bicentenário da Independência do Brasil, datas que serão celebradas em 19 de fevereiro e 7 de setembro de 2022. Com o hasteamento de bandeiras, pretende-se estimular a prática do civismo e da cidadania. “Pensamos em criar um instrumento legislativo para que pudéssemos desenvolver atividades, eventos para trazer a nossa população de volta à questão do civismo, reforçando a importância de valorização da história”, explica o vereador Rogério Santos, presidente da Frente Parlamentar Nossa História.

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