Frente Parlamentar do Plano Diretor debate projetos para a Vila dos Remédios
Lideranças comunitárias e moradores do bairro Vila dos Remédios estiveram reunidos com representantes do poder público no último domingo (31), para debater obras e melhorias para a comunidade. A discussão foi promovida pela Frente Parlamentar de Revisão do Plano Diretor, em Audiência Pública realizada na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios.
Dentre os assuntos discutidos, estiveram em pauta a construção de um piscinão para conter as enchentes, a implantação de área de lazer, a criação de moradias populares e a implementação de soluções para a melhoria do sistema viário, apresentadas por meio de dois projetos para a região, formulados por lideranças comunitárias.
A audiência foi presidida pelo Vereador Tinha Di Ferreira (PTB), que encabeça a Frente Parlamentar de Revisão do Plano Diretor. Também participaram os vereadores Dr. Lindoso (PSDB), Dra. Régia (PDT) e Batista Comunidade (Avante).
A Prefeitura do Município de Osasco esteve representada por meio dos Secretários Adjuntos de Comunicação, Thiago Silva, e de Habitação, Michel Conde. Representando os movimentos populares, participaram Clélia Jardim, do Instituto de Ação Comunitária, e o Coordenador do Projeto Nova Remédios, Amorim Pereira.
O Presidente da Frente Parlamentar, Vereador Tinha, esclareceu que o Plano Diretor de Osasco está passando por um trabalho de revisão e deverá chegar à Câmara para ser votado. Segundo ele, a intenção dos moradores é inserir o Projeto Nova Remédios no novo Plano Diretor.
A proposta prevê a construção de piscinão para acabar com as enchentes, área de lazer e moradias populares para reduzir o déficit habitacional. As obras seriam construídas em uma área da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Thiago Silva apresentou a proposta encaminhada pelo Grêmio Recreativo, Cultural, Educacional e Social Gente Inocente, denominada Parque das Artes. O projeto contempla benfeitorias em uma área diferente da proposta apresentada pela comunidade. O projeto prevê a construção de moradias, de um centro comercial, uma creche, quadras poliesportivas, uma base da Guarda Civil Municipal, espaço de eventos e um Ganha Tempo - espaço que facilita o acesso do cidadão a serviços municipais.
Segundo o secretário, a construção de um piscinão para conter as enchentes poderá ser substituída por outro tipo de obra, devido à falta de viabilidade técnica. No entanto, o piscinão ainda não foi descartado. Thiago Silva também explicou que a construção das obras no terreno da Sabesp é inviável devido ao alto custo de desapropriação, estimado em R$ 60 milhões.
De acordo com Silva, um dos objetivos do Plano Diretor é organizar toda a habitação de Osasco. “O governo municipal vem trabalhando para que possa entregar esse projeto à Câmara, mas a gente quer fazer uma coisa a várias mãos, discutindo com toda a sociedade”. Ele acredita que até julho o Plano Diretor revisado seja entregue ao Legislativo municipal.
DEMANDAS DA REGIÃO
Na avaliação de Clélia Jardim, é preciso considerar a possibilidade de um Plano Diretor Metropolitano, em função das muitas áreas de divisa existentes em Osasco, como a Vila dos Remédios. A líder comunitária avaliou positivamente a audiência.
Amorim Pereira também defendeu ações conjuntas com outros municípios e a mobilização da comunidade e poder público para garantir que as verbas do governo federal para habitação cheguem. “Temos que construir recursos para garantir isso, senão a gente para no meio. Quanto ao projeto do Plano Diretor nesse pedaço da cidade, é preciso conversar com os autores do projeto que são Paulo fez”, alertou.
O Vereador Tinha defendeu a construção das obras na área da Sabesp e explicou que o valor para desapropriação do terreno seria da ordem de R$ 6 milhões.
Assista à audiência na íntegra no vídeo abaixo: