Moção relembra trajetória de Marielle Franco, ex-vereadora carioca

por Comunicação — publicado 25/03/2022 16h20, última modificação 25/03/2022 17h04
Parlamentar carioca foi assassinada em 2018 e caso permanece inconcluso
Moção relembra trajetória de Marielle Franco, ex-vereadora carioca

Divulgação.

Por Charles Nisz

“Não serei livre enquanto outra mulher for prisioneira”. A frase de Marielle Franco, vereadora assassinada em 14 de março de 2018, foi relembrada pela vereadora Juliana da AtivOz na 6ª Sessão Ordinária de 2022 da Câmara Municipal de Osasco, ocorrida nesta terça (22). Na sessão, foi votada uma moção de memória em nome da parlamentar do PSOL do Rio de Janeiro.

Propositora da homenagem, Juliana relembrou os percalços na investigação do caso: “Em quatro anos, foram cinco trocas na chefia das investigações. O que se esconde por trás disso?”. A parlamentar do PSOL comentou sobre os ataques sofridos por Marielle por sua atuação como vereadora.

“Combativa, Marielle alertava sobre o poder das milícias na cidade do Rio de Janeiro. Não será a primeira nem a última parlamentar a sofrer ataques por ser mulher, negra, periférica e LGBT”, complementou Juliana.

“Marielle foi morta porque ousou mostrar as mazelas do povo preto e pobre, da população carente da cidade do Rio de Janeiro”. Assim Emerson Osasco (Rede) resumiu sua indignação com o assassinato da parlamentar carioca. “Muita gente ainda luta contra a liberdade do povo negro 133 anos após a abolição da escravatura”.

“Ainda é muito difícil ser negro no Brasil. Uma criança negra precisa lutar para ser aceita, para ter emprego, para ter um diploma universitário, para ascender e ter um cargo de direção nesse país”, complementou Émerson.

Já Pelé da Cândida (MDB) parabenizou a moção proposta e diz que a trajetória de Marielle é uma “vitória simbólica do povo negro”, Segundo o vereador do MDB, “muitas das represálias sofridas por Marielle aconteceram por ela expor na mídia os bastidores da política e da violência no Rio de Janeiro”.

O parlamentar comentou também sobre o racismo estrutural está ligado ao crime cometido contra Marielle e relatou um caso do qual foi testemunha: “Estava no mercado e vi um jovem negro sendo seguido pelo segurança do estabelecimento. Fui atrás de ambos para me certificar de que não haveria qualquer tipo de abuso contra o cliente”.

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