Psicólogos realizam atendimentos gratuitos

por Divisão de Comunicação publicado 23/01/2019 18h30, última modificação 23/01/2019 18h30
Ação, que faz parte do Janeiro Branco, buscou conscientizar população sobre importância do cuidado com a saúde mental

Rodolfo Blancato

No último sábado (19), quem passou pela estação Osasco da CPTM pôde se consultar de graça com um psicólogo. O evento faz parte da campanha Janeiro Branco e contou com a participação de dezenas de profissionais que, além de atenderem o público, realizaram uma panfletagem para informar os transeuntes sobre a importância do cuidado com a saúde mental.

A psicóloga Andrea Marinho, uma das voluntárias que participou da ação, diz que o foco do atendimento realizado nessas circunstâncias é informar as pessoas como e onde elas podem buscar auxílio especializado para tratar seus problemas.

“As pessoas trazem para a gente sua angústia, o seu sofrimento psíquico. Daí nos a levamos para a tenda, fazemos essa escuta, esse acolhimento, e a encaminhamos para as várias redes de atendimento que existem”, conta a psicóloga.

Estima-se que cerca de 1,1 bilhão de pessoas (15% da população mundial) sofra de algum tipo de doença psiquiátrica ou tenha problemas com abuso de substâncias. Apesar de serem tão comuns, ainda há um estigma associado às pessoas que possuem essas enfermidades, o que faz com que muitas relutem em procurar ajuda especializada.

Para o psicólogo Paulo Teles, é importante que tomemos cuidado para não reproduzir esses preconceitos com nossos amigos e familiares. “Nós não podemos olhar para essa questão, para essa pessoa, e discriminar, achando que é frescura. Nós precisamos acolher ela de alguma forma, tentar ajudar de alguma maneira”, afirma.

A campanha Janeiro Branco, que está em sua sexta edição, tem como objetivo informar a população sobre a importância do cuidado com a saúde mental. O evento foi incluído no calendário oficial do município pela Lei 4.859/2017, de autoria do Vereador Daniel Matias (PRP).

“A cidade de Osasco não tinha nenhuma iniciativa que pudesse chamar a atenção da população para esse tema. A população conhece muito pouco sobre saúde mental. Muita gente pensa que só se vai a um psicólogo ou a um psiquiatra quando se trata de um caso grave, de extrema necessidade, e não é”, comentou o parlamentar.

Buscando ajuda
Para quem deseja um tratamento psicológico, mas não possui convênio médico nem dinheiro para pagar uma consulta particular, existem algumas opções.

Na rede pública de saúde, o tratamento de pessoas que sofrem de algum tipo de sofrimento psíquico é realizado pelos Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), que funcionam em regime de porta aberta – o que significa que não é preciso marcar consulta para ser atendido. Confira aqui o contato dos CAPS de Osasco.

Algumas instituições filantrópicas e de ensino também oferecem serviços de atendimento psicológico gratuito para a população. No ano passado, o site Catraca Livre fez uma lista com diversas instituições de São Paulo que prestam esse tipo de atendimento.