Reunião na Câmara define ações para implementação do COMPOD

por Divisão de Comunicação publicado 08/02/2018 17h51, última modificação 08/02/2018 17h51
Primeira ação concreta será curso de capacitação para agentes multiplicadores.

Deniele Simões

Membros da Comissão da Criança, do Adolescente, da Juventude e da Mulher estiveram reunidos, na tarde da última segunda-feira (29), com representantes da sociedade civil e de órgãos públicos para discutir ações para o recém-criado Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (COMPOD).

A primeira ação concreta será a viabilização de um curso de formação na área de capacitação para 500 pessoas, voltado a quem atua direta ou indiretamente com a prevenção ao uso e abuso de drogas.

O encontro aconteceu no Plenário Tiradentes e foi conduzido pelo Vereador Josias da Juco (PSD), que preside a Comissão. Também compuseram a Mesa Diretora o Vereador Daniel Matias (PRP), o representante do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA), Claudino Alves Ribeiro, o Subcomandante do 14º Batalhão de Polícia Militar do Metropolitano, Major Josiel Oliveira de Andrade, e o Secretário Municipal de Segurança e Controle Urbano, Valdeci das Dores Magdanelo.

A reunião contou com a participação de representantes de entidades como Conselho Tutelar, Projeto “Sim, Eu Acredito”, Guarda Civil Metropolitana, Proerd, Diretoria Regional de Ensino, Secretaria Municipal da Educação, Fundação Bradesco e de escolas públicas e privadas.

O Vereador Josias da Juco ressaltou que o curso de capacitação deverá acontecer no mês de março e terá duração de 20 horas, distribuídas em 5 dias de capacitação. O curso será realizado em parceria com o Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de são Paulo (DENARC). A expectativa é fazer com que, a partir dessa primeira ação, o Poder Público e a sociedade unam esforços com o novo Conselho na luta contra as drogas.

ATUAÇÃO DO COMPOD

A criação do COMPOD foi precedida de ampla discussão com a sociedade, no ano passado. Uma Audiência Pública na Câmara marou a análise do Projeto de Lei 369/2017, de autoria do Poder Executivo Municipal. A matéria deu origem à Lei 4.875/2018, que criou o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas.

Vale lembrar que o Município de Osasco não possuía um conselho gestor de políticas nessa área há mais de 10 anos e o COMPOD já foi formatado em consonância com o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas.

Para o representante do CEDECA, Claudino Ribeiro, o novo conselho, assim como a viabilização do curso, são ações importantes para o trabalho de prevenção às drogas no Município, que vão permitir a disseminação de informações para os mais diversos segmentos da sociedade.

O Secretário de Segurança, Valdeci Magdanelo, também enalteceu a união de forças a partir da criação do COMPOD. “Não há remédio mais eficaz, inteligente e eficiente do que um trabalho que é feito assim. Que sirva de elemento multiplicador”, afirmou.

O Capitão PM Josiel Andrade lembrou que as drogas representam um problema social e que unir esforços em ações de prevenção pode proporcionar um resultado muito satisfatório.

TRABALHO DE FORMIGUINHA

Na avaliação do Vereador Daniel Matias, o COMPOD é um braço forte no trabalho contra as drogas, mas as ações precisam ser ampliadas. O parlamentar citou um Projeto de Lei, do qual é um dos autores, que dispõe sobre a criação de uma comunidade terapêutica para dependentes de drogas em Osasco. “A ideia é que todos possam ter vez, que possamos ser mais atuantes nas ações de prevenção e recuperação”, explicou.

O Pastor Jonas Florência, do Instituto de Recuperação Missão Amor (IRMA), ressalta que a recuperação dos dependentes químicos é um “trabalho de formiguinha” e que o COMPOD pode ser um aliado na luta contra as drogas. Na avaliação dele, essa luta exige a criação de um verdadeiro “exército”.

 

O conselheiro tutelar e representante do projeto “Sim, Eu Acredito”, Juvêncio Assis, considera que o COMPOD é uma esperança na luta contra as drogas. No entanto, as dificuldades enfrentadas hoje para conseguir atendimento aos dependentes, principalmente adolescentes, representam um grande empecilho. “Não vamos baixar a guarda, mas precisamos acolher essas pessoas, porque elas estão doentes”, concluiu.