Santa Maria Esperou o Rodoanel Para se consolidar

por osa — publicado 27/07/2013 13h30, última modificação 04/01/2018 11h29
Por mais de 20 anos os primeiros moradores do Santa Maria tiveram de caminhar bastante para ir trabalhar
O bairro Santa Maria não tem uma área pequena. São 180 halqueires. Como todos os demais bairros da cidade, sua origem é um sítio que, em tempo não muito distante, chamava-se Chácara Fazendinha. E o primeiro loteamento que deu origem ao bairro é a Chácara Fazendinha. Tempos após é que surgiriam os loteamentos Jardim Santa Maria; Recanto das Rosas; Chácara Santa Margarida; Fazenda dos Andrades; Jardim 1º de Maio. Hoje todos dão origem ao bairro e se separam do vizinho bairro Conceição pelo Rodoanel. 

O bairro localiza-se no Distrito Administrativo Sul, sendo delimitado ao Norte pelos bairros Metalúrgicos e Veloso; a Leste com o bairro Conceição, pelo fundo de vale entre o loteamento social da Prefeitura e loteamento social Jardim 1º de Maio; ao Sul com o bairro Raposo Tavares pela Av. Victor Civita, e, a Oeste com o município de Cotia, pelo Ribeirão Carapicuíba.

As principais vias de acesso são: Estrada das Mimosas; Estrada das Rosas; Estrada das Margaridas e a Av. Victor Cívita.

A menos de cinco anos, os moradores não tinham água encanada nas moradias. Quem possuia água nas suas torneiras é porque tinha poço artesiano. Não havia escola de ciclo básico ou EMEI. O posto de saúde mais próximo era no vizinho bairro do Conceição.

O ônibus passava a cada hora e deixava o usuário na Rodovia Raposo Tavares. Se o morador viesse de São Paulo e se fosse a Osasco, tinha de andar o trecho entre o Conceição e o Santa Maria.

As ruas também demoraram para ser asfaltadas. E quando chovia o morador tinha de levar um calçado extra para poder voltar pra casa. Para compensar as muitas dificuldades, os moradores tinham a natureza das árvores das margens da rodovia e do ribeirão Carapicuíba, os pássaros silvestres, os gambás e as cobras para desalojar. As crianças estavam acostumadas a brincar na rua e todos se conheciam pelo nome e pela moradia. Afinal, não eram tantos e, na maioria, compraram o terreno sem saber que o loteamento não estava regularizado. 

Hoje, com tudo regularizado por exigência da construção do Rodoanel, há água encanada, luz nas principais avenidas, escolas, posto de saúde e ônibus com maior regularidade. E claro, muitos mais moradores do que o final do século passado.


Mara Danusa