Abastecimento Não Acompanhou o Crescimento Populacional

por osa — publicado 07/08/2013 14h00, última modificação 04/01/2018 11h30
Na periferia ou no centro as áreas de mercado para abastecimento não acompanharam o crescimento populacional
Mara Danusa

Após 40 anos, os hábitos de abastecimento da população de Osasco não mudaram. Em 1966, praticamente todo o abastecimento doméstico diário era feito no comércio dos bairros. Metade das compras, que pode se deduzir que fossem as compras do mês, eram feitas no centro de Osasco. Assim, ontem ou hoje, a distribuição da área de comércio quase que se concentrava no centro da cidade.

Na década de 60 o mercado municipal tinha 70 boxes. Haviam o mercado central, a Cooperativa de Abastecimento da Sorocabana, a cooperativa de abastecimento das maiores indústrias e dos funcionários municipais, além de 21 feiras livres. 

O abastecimento de gêneros alimentícios mudou muito. Porém, a concentração na quantidade e variedade de casas comerciais nas três ruas principais do Centro de Osasco, não foi invertida nem com o surgimento de três grandes mercados no Industrial Autonomistas.

Nos cinco anos também foram construídos dois outros mercados municipais: um na zona norte e outro na zona sul. As principais avenidas nos bairros, nos dois lados da cidade, também tiveram um acréscimo do número e na variedade de estabelecimentos comerciais, chegando mesmo a formar pequenos núcleos por tipo de comércio. É o caso do KM 18 e as revendas de carros e autopeças. 

No plano básico de Osasco, a cidade deveria alcançar 1980 com 25 metros quadrados de mercado, por mil habitantes. Esta cifra foi bem  ultrapassada nos anos 90, quando a cidade passou a ser o centro comercial da região. Porém, isso não distribuiu ou ampliou a concentração da área comercial da cidade que segue concentrada nas três ruas do centro. Isso em detrimento da periferia, que continua tendo as suas feiras, mercados, padarias e açougues para o abastecimento nosso de cada dia.