Juan Cabrerizo - Primeiro Jornaleiro de Osasco

por osa — publicado 07/08/2013 14h10, última modificação 04/01/2018 11h30
A avenida que divide os bairros da Vl Osasco e Jd Cipava recebeu o nome de Av: Juan Cabrerizo conforme decreto 342, de 2 de junho de 1965. É uma avenida que se inicia na confluência da Av santos Dumont e término na Av: Nova Granada.

Mara Danusa

Cerimônia presidida pelo prefeito Marino Pedro Nicoletti e diretor de cultura Fernando Buonaducce.

A Vida de Juan Cabrerizo

Juan Cabrerizo nasceu em Málaga, Espanha, onde exerceu a profissão de ferreiro (maquinista) e posteriormente de técnico de tecelagem. Ainda relativamente moço e recentemente casado, teve um convite direto do Conde Francisco Matarazzo para que viesse a cooperar na sua fábrica de tecidos Mariângela, à rua Fernando Silva, em São Paulo, convite este extensivo à sua esposa que era tecelã. Assim transferiu-se para São Paulo onde chegou na primeira década deste século. Nas Indústrias Matarazzo trabalhou 20 anos, mais ou menos, junto com a esposa. Depois o falecido Francisco Matarazzo mandou que lhe presenteassem uma área, para que pudesse descansar com a família, em região de ares puros.

Anos depois voltou a São Paulo, onde então passou a ajudar nos serviços da Livraria do filho José Cabrerizo, e a trabalhar nos serviços de distribuição de jornais, livros e revistas, através das pequenas estações e paradas dos trens da Estrada de Ferro Sorocabana.

Nas rápidas paradas dos trens em Osasco conseguiu tornar-se simpático ao povo, que logo lhe aconselhou a transferir-se para Osasco, e, Juan Cabrerizo, visando uma vida tranqüila e serena de ares puros e do campo, se transferiu para o distrito, passando a ser conhecido pelo povo como "o jornaleiro". Entretanto levava seu compromisso de jornaleiro muito a sério e achava que o povo não podia ficar privado da sua leitura diária, semanal ou mensal, e por isso passou a enfrentar chuvas, tempestades, calor intenso, dia e noite, para cumprir o compromisso com o povo de Osasco. 

Aos filhos José e Luiz, deixou uma fortuna intransferível: a educação, a cultura e o espírito de fraternidade que os levou a respeitar e amar os semelhantes.