A História do Calçadão da Antônio Agu

por osa — publicado 08/08/2013 12h31, última modificação 04/01/2018 11h30
A transformação de parte da Rua Antônio Agu em "calçadão" surgiu no 1º mandato do prefeito Francisco Rossi (1973/77). A intenção era instalar um shopping ao ar livre, transformando a Antônio Agu em um grande centro de compras. A primeira alternativa veio com o "fechadão". A prefeitura asfaltou a rua e colocou em frente à estação de trem, três grandes tubos de cimento, que serviram como floreiras.

Mara Danusa

Naquela época, apesar da concentração de comércios, a rua servia de ligação entre o Largo e a Avenida dos Autonomistas. Assim, ao invés dos veículos subirem pela João Batista, seguiam pela Antônio Agu. Só que o tráfego intenso colocava os consumidores em risco, já que as calçadas eram estreitas. 

O "fechadão" ocupava desde a Praça Antônio Menck até a Rua República do Líbano. Um trecho pequeno para os dias atuais. Hoje, o Calçadão ocupa mais três quadras, até encontrar com a Avenida Marechal Rondon. 

Nova Transformação

Depois do primeiro mandato do prefeito Francisco Rossi, os lojistas e consumidores foram consultados sobre a vantagem do "fechadão" ser expandido. O impasse sobre a nova intervenção durou nove anos. 

Tão logo o economista e comerciante Nichan Nergisian assumiu a presidência da Aceo (Associação Comercial e Empresarial de Osasco), os lojistas propuseram transformar a principal rua de comércio da cidade em "calçadão". Os objetivos eram evitar os atropelamentos e também acabar com a poluição.

"A idéia dos lojistas era de que a Rua Antônio Agu, do Largo Antônio Menck até a Avenida dos Autonomistas, fosse um grande shopping a céu aberto", conta Nichan. Porém, ao consultar novamente a categoria para capitalizar recursos, os comerciantes, estabelecidos nos quarteirões acima da Avenida Marechal Rondon, não acreditaram que eliminar o tráfego de veículos aumentaria o fluxo de consumidores. "Por isso, o Calçadão termina na esquina da Rua Dante Batiston", explica. 

Já em 3 de setembro de 1985, o então prefeito Humberto Carlos Parro, através do antigo EPO (Escritório de Planejamento de Osasco), reuniu-se com o presidente da Aceo para apresentar um projeto e os custos da obra. A Aceo chegou a formar a comissão Pró-Calçadão, integrada pelos comerciantes Manuel Manug Kouldkjian, Nichan Nergisian e Pedro Seferian, encarregados de colher informações e buscar financiador de parte dos custos das obras.

No Natal daquele ano, a prefeitura chegou a fazer uma experiência, autorizando o "fechadão", entre o Largo Antônio Menck e a Rua Dante Batiston. A medida facilitou muito as compras de Natal. 

Mesmo assim, o projeto de expansão não vingou. Em janeiro de 1986, a comissão ainda não tinha integralizado o valor total das obras correspondente aos comerciantes. Isso porque, muitas lojas tinham sede fora do município, o que tornava a adesão à obra ainda mais difícil, mesmo que os lojistas contassem com financiamento do Banco Nossa Caixa. 

Para as obras de construção do Calçadão, a prefeitura construiu a galeria de água pluvial. Além disso, as redes de energia e telefonia passaram a ser subterrâneas. A prefeitura fez ainda a rede de água e esgoto, e trocou o calçamento para lajotas nas cores branco, preto e verde.

Depois de muitas conversas, acertos, financiamentos e obras, o primeiro trecho, que conta com 283 metros entre a Rua Fiorino Beltramo e o Largo Antônio Menck, ficou pronto. Ele foi inaugurado no dia 1º de novembro de 1986.