Tumulto na Eleição para a Presidência da Câmara de Osasco em fevereiro de 64

Mara Danusa

Em clima de intensidade a Câmara do Município de Osasco acha-se em sessão permanente há 15 horas, pois vereadores oposicionistas ao prefeito Hirante Sanazar, tentam eleger a nova Mesa da Câmara em sucessão ao vereador Otacílio Firmino Lopes que teve o seu mandato expirado quarta-feira última. Todavia, essa escolha ainda não pode ser efetuada, portanto a maioria dos vereadores é oposição à antiga mesa e também ao prefeito. Os edis que não permitem a realização da sessão estão em menor número, o que está gerando clima de revolta entre a população osasquense.

Com várias sessões suspensas pelos vereadores da minoria, o edil Otacílio Lopes, entretanto encontra-se exercendo legalmente o seu antigo posto, visto ser o mais idoso. E aproveita-se dessa situação para sucessivamente suspender as sessões adiando-se de hora em hora. Este meio de impedir a reunião vem se repetindo há 24 horas.

Revolta

A bancada de oposição ao prefeito Hirante aconselham que os vereadores permaneçam em vigília constante, até a eleição da mesa sucessora. Por outro lado, vários ardis são utilizados pelos vereadores da maioria, pois dependendo de mais um voto para obterem a maioria tentam quase em desespero, amparados pelo chefe do executivo, recorrer ao suborno.

Em declaração à reportagem, alguns vereadores afirmam que a atitude tomada pelos companheiros situacionistas é prova da inépcia do prefeito que necessita de pelegos para realizar a administração a seu gosto.

Manifesto

Os vereadores em maioria, que lutam pelas mudanças da presidência daquela casa, preparam manifesto que será divulgado por emissora de rádio e televisão da capital, expondo os incidentes que vêm ocorrendo.

Os vereadores que fazem oposição ao prefeito são: Aimoré de Melo Dias, Adevaldo José de Castro, Pedro Furlan, Anísio Nunes, João Catan, Vicente Florindo Neto, Marino Lopes, Moacir de Araújo Nunes, João Emílio Bornacina, Benedito Ventura, Orlando Calazans e João Gilberto Porti.