Entrevista: Especialista em saúde pública fala sobre prevenção à dengue

Por Charles Nisz

Com a explosão dos casos de dengue em todo o estado de São Paulo, o governo paulista decretou estado de emergência. São 332 mil casos e 139 mortes registradas em 2024.

O tema foi abordado no programa "Direto do Plenário", da TV Câmara Osasco, e contou com a presença do enfermeiro sanitarista e mestre em saúde pública, Sátiro Ignácio Júnior.

Com ciclos endêmicos e epidêmicos, a cada quatro ou cinco anos, houve aumento significativo no número de casos e na gravidade das ocorrências, resultando em mais hospitalizações.

Em 2023, foram registrados 1,6 milhão de casos, com 1.079 mortes no Brasil. Osasco vem fazendo a sua parte — a Secretaria de Saúde tem tomado todas as medidas cabíveis para conter o avanço da doença, enviando agentes de saúde até os bairros e fazendo a verificação nas casas.

Na entrevista ao jornalista Roberto Carlos, no "Direto do Plenário", Sátiro orientou a população e enfatizou alguns cuidados para evitar a proliferação do mosquito: manter garrafas, baldes e demais recipientes que possam armazenar água virados para baixo; evitar o acúmulo de entulho e água parada no quintal; cobrir caixas d’água, poços ou piscinas; bem como manter as calhas limpas. Além disso, colocar terra nos vasos de plantas, manter as latas de lixo tampadas e descartar corretamente o lixo.

O estado de São Paulo já registrou 139 mortes causadas por dengue em 2024, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). O número de casos confirmados da doença é de 332 mil. No último dia 5, o governo estadual decretou estado de emergência para a dengue, decisão tomada após o estado passar da marca de 300 casos confirmados da doença a cada 100 mil habitantes.

De acordo com Sátiro, Osasco não registrou nenhum óbito até o momento, mas alguns casos estão sendo investigados. “A gente já recebeu quase cinco mil pessoas notificadas com suspeitas de dengue, toda pessoa com suspeita da doença é examinada. Quase 2600 pessoas tiveram diagnóstico positivo para dengue e temos outros 500 casos em investigação”, afirmou o sanitarista.

Assista à integra da entrevista do mestre em saúde pública Sátiro Ignácio Júnior.