Vereadores repudiam Zirleide Monteiro por discriminação a criança com deficiência

por Divisão de Comunicação publicado 17/11/2023 11h25, última modificação 17/11/2023 11h28
Vereadora de Arcoverde (PE) pediu renunciou ao cargo após ofensas

Por Deniele Simões

A prática de atos preconceituosos contra pessoas com deficiência foi um dos temas em debate nesta quinta-feira (16), durante a 66ª Sessão Ordinária da Câmara de Osasco.

O nome da vereadora da cidade de Arcoverde (PE), Zirleide Monteiro (PTB), repercutiu em todo o Brasil, após a parlamentar proferir palavras preconceituosas à mãe de uma criança com deficiência, dizendo que ela teria sido “castigada por Deus” por ter um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Após a polêmica, Zirleide Monteiro pediu renúncia do cargo.

Os parlamentares osasquenses lamentaram a atitude da vereadora pernambucana e aprovaram por unanimidade a Moção de Repúdio 419/2023, direcionada a Zirleide.
“Fiquei bem atordoada quando esse fato veio à tona. Ela não fez papel de vereadora, como representante do povo, em um ato desse”, repudia a autora da Moção, vereadora Elsa Oliveira (Podemos).

Ainda de acordo com Elsa, uma casa legislativa não é lugar de gente preconceituosa, mas de construção de políticas públicas que promovam equidade entre as pessoas.

Para a vereadora Cristiane Celegato (Republicanos), é lamentável que, em pleno ano de 2023, existam pessoas com o pensamento de Zirleide. “É inaceitável, esse tipo de gente não pode nos representar. Ninguém é mais do que ninguém”, desabafa.

Joel Nunes também usou a Tribuna para demonstrar insatisfação com a atitude da vereadora de Arcoverde. “A gente se depara diante de palavras que entristecem o coração e ela ainda coloca Deus no meio”, lamenta.

Já a vereadora Juliana da AtivOz (PSOL) atenta ao fato de que a renúncia da vereadora pode ser uma porta aberta para a impunidade. “(A Câmara) poderia ter continuado o processo, para que (a vereadora) fosse inelegível, porque ela pode voltar a qualquer momento”, opina.

Para Juliana a discriminação a pessoas com deficiência, também chamado de capacitismo, assemelha-se a atitudes negativas como o racismo e o machismo.

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