Coleta de Lixo Total Sem Destino Final

Mara Danusa

A excelência na prestação deste serviço no começo do processo, coleta domiciliar de lixo, não significa excelência na coleta de ixo, pois o destino final do lixo em Osasco ainda é problema. Não há novos locais para deposição. Não temos coleta seletiva e a decantação do chorume do lixo que hoje é depositado no aterro controlado, não existe. Assim, continuamos a poluir a bacia do rio Tietê através das águas do ribeirão da Baronesa.

Quando a cidade nasceu, a coleta de lixo acontecia só nas ruas pavimentadas, e eram poucas as ruas calçadas. E com isso, a coleta domiciliar era um serviço deficitário. Em 1966, apenas 30% da população de Osasco tinha coleta domiciliar de lixo. A zona norte, por incrível que possa parecer, era a mais bem servida nesta coleta. Para a empresa que prestava este serviço na década e 60 a falta de pavimentação nas ruas colocava em risco a rapidez e a eficiência do serviço. Por isso, a coleta era feita no Piratininga, na avenida Getúlio Vargas e em algumas ruas transversais. Nos demais bairros como Helena Maria, Rochdale, Mutinga e Remédios, este serviço não existia.

Na zona sul, onde estava a maior concentração de moradores e havia mais ruas calçadas, a coleta acontecia na quase totalidade do Centro e Presidente Altino. Na Vila Osasco, apenas nas ruas e avenidas próximas ao centro. A Cidade de Deus, KM 18 e Quitaúna, apenas nas principais ruas. No Santo Antônio, apenas a rua General Pedro Pinho e na Vila Bussocaba a coleta de lixo domiciliar não existia.

Nestes mais de 40 anos de município, Osasco ainda arrasta a solução para o deposição final e adequada do lixo domiciliar. O agravante é que o aterro da cidade está se esgotando. Sendo assim, a única saída no futuro será em conjunto com os demais municípios da região, pois não há área para aterro para quase todos os municípios.