Moção de Repúdio gera debate sobre violência nas escolas

por Divisão de Comunicação publicado 11/08/2023 10h20, última modificação 21/08/2023 18h06
Parlamentares falaram sobre cuidados que os pais devem ter ao deixar filhos nas creches
Moção de Repúdio gera debate sobre violência nas escolas

Vereador Joel Nunes relata violência em escolas de educação infantis do Brasil.

Por Ana Rodrigues. Fotos: Ricardo Migliorini.

Uma Moção de Repúdio, proposta pelo vereador Joel Nunes (Republicanos), sobre violência nas escolas de educação infantil, gerou debate na Câmara Municipal, durante a 41ª Sessão Ordinária, realizada na manhã desta quinta-feira (10).

O parlamentar repudiou atos de agressão física e psicológica praticados contra crianças nas escolas de educação infantil do Brasil, que têm sido noticiados na imprensa nas últimas semanas.

“De acordo com dados da Agência Brasil nos quatro primeiros meses de 2023 foram registradas 69 mil denúncias de violência contra crianças. Os pais liberam as crianças para creches e colégios e não sabem o que está acontecendo dentro da instituição”, relatou o parlamentar, que reforçou a importância da participação dos pais na vida dos filhos. “Os pais precisam ficar atentos aos sinais, como mudanças de personalidade ou hematomas. E procurar saber o que está acontecendo para que possamos combater a violência contra crianças no ambiente escolar”, disse Joel Nunes.

Juliana da AtivOz (PSOL) concordou com o parlamentar, mas acrescentou que muitos agentes contribuem para casos de violência dentro das escolas, e que precisam ser solucionadas. “Acho sempre importante trazermos algumas questões, como espaço físico, condições de trabalho, formação dos profissionais que atuam na educação. Precisamos falar de superlotação das salas de aula, espaços insalubres, falta de atenção para crianças que precisam de cuidados”, comentou Juliana da AtivOZ ao reforçar que a falta de estrutura também pode contribuir para a violência.

Preocupada com os casos de violência contra crianças, Lúcia da Saúde (Podemos) recordou uma ocorrência familiar quando uma de suas filhas não queria mais ir para a escola, e dizia que tinha sido a “tia da escola”. Na ocasião, a vereadora ficou sabendo que a professora estava com problemas pessoais. “Precisamos de profissionais como psicólogos e assistentes sociais dentro das escolas. Para dar suporte para alunos e profissionais. Além disso, as pessoas que praticam esse tipo de violência também precisam ser tratadas”, declarou Lúcia da Saúde.

Emerson Osasco ressaltou a necessidade de observar as crianças que estão fora do sistema educacional, que sofrem violência por não terem oportunidades. “Além disso, a violência dentro das escolas pode atingir todos os agentes envolvidos no ambiente escolar”, disse o vereador.

Ana Paula Rossi (PL), concorda com os colegas parlamentares, e observa que a fila de espera por vaga na creche reduziu muito na atual administração municipal. “Ainda não tenho resposta, mas a fila de espera reduziu bastante e estamos dando oportunidades para que as crianças frequentem as creches”, afirma a vereadora.

O presidente da Câmara, Carmônio Bastos (Podemos) lembrou que há cerca de seis anos a fila de espera para uma vaga em creche era de mais de dez mil crianças e que hoje não passa de duas mil crianças esperando por vaga.

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